Familiar Vimaranense provoca debate sobre saúde mental

A Associação Familiar Vimaranense desenvolveu mais uma iniciativa integrada no programa comemorativo dos seus 116 anos que decorre ao longo do mês, promovendo uma conferência sobre saúde mental. Um tema que ganhou mais atenção mediática durante e após a pandemia Covid19, e que hoje está na ordem do dia, apesar do estigma que ainda prevalece e pela falta de uma rede de respostas efetivas. “É aqui que as instituições sociais, como a Associação Familiar Vimaranense, desempenham um papel crucial”, considerou o Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, durante a intervenção de abertura da conferência.
Luís Alberto Silva louvou a iniciativa da Familiar Vimaranense, por revelar coragem para provocar o debate sobre um tema com esta importância. “Devemos ser catalisadores de mudança, promovendo a formação de profissionais, o desenvolvimento de serviços de apoio e a sensibilização da comunidade. O mutualismo, enquanto movimento de solidariedade e cooperação, tem um compromisso histórico com o bem-estar das comunidades e enfrentar o problema da saúde mental é parte integrante desse compromisso”, referiu.
O Presidente da Familiar Vimaranense, Augusto Abreu, lembrou a necessidade premente de expandir os serviços da Associação, o que só será possível encontrar um espaço para instalar a sede e novos equipamentos como uma creche e uma unidade residencial para idosos.
A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Adelina Pinto, deu os parabéns à Familiar Vimaranense por ter a coragem de colocar à discussão um tema tão sensível, manifestando confiança no trabalho que ela desenvolve, para depois abordar a evidência de alguns estudos que apontam para a importância dos espaços verdes na melhoria da saúde mental da população.
Moderada por Paulo Machado, a conferência proporcionou abordagens e perspetivas diferentes sobre o tema, desde a experiência das políticas autárquicas, por Paula Oliveira, Vereadora da Coesão e Desenvolvimento Social do Município de Guimarães; a quem tem a missão de ajudar os doentes e sensibilizar a comunidade, por Alves Pinto, dinamizador do Gabinete de Alzheimer de Guimarães e do Café Memória; e do ponto de vista da organização e dos cuidados médicos, por Humbertina Maia, Psicóloga Clínica do Hospital Magalhães Lemos.