O setor social deve estar à mesa onde se discutem temas da saúde
A Secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes, aponta para 26 de julho a definição do custo efetivo de cada uma das respostas sociais desenvolvidas pelas instituições ao abrigo de acordos de cooperação com a Segurança Social.
À margem da cerimónia de apresentação do estudo da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade) “A importância económica e social das IPSS em Portugal – Central de Balanços 2021”, adiantou que será a partir desses valores que será calculada a atualização das comparticipações em 2025, assegurando que será dada continuidade ao compromisso do anterior governo de as aumentar gradualmente até aos 50% do custo real em 2026.
O Presidente da CNIS, padre Lino Maia, salientou que sem as instituições do setor social, “a proteção social e o serviço às pessoas, não chegava tão longe, nem com tanta qualidade”, tendo desempenhado durante o tempo da pandemia também um papel de “proteção da saúde pública”.
Na abertura da cerimónia, Luís Alberto Silva, Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, que assina a nota de abertura deste estudo, dedicou parte da sua intervenção ao papel do setor social na Saúde. , lembrando que “não podemos afirmar que é importante estas entidades serem sustentáveis e depois, no domínio do concreto, criar obstáculos à abertura de novas farmácias sociais, à celebração de novas convenções para especialidades médicas e à prescrição de meios complementares de diagnóstico”.
Na apresentação das conclusões do estudo que coordenou, Américo Mendes, professor da Universidade Católica do Porto, sublinharia que “já é tempo” de as IPSS se sentarem à mesa, não só da Segurança Social, mas também à mesa onde se discutem os assuntos da saúde pública deste país”.
O estudo “A importância económica e social das IPSS em Portugal – Central de Balanços 2021”, apoiado pela Fundação BPI la Caixa, representada na cerimónia pelo seu Presidente, Artur Santos Silva, conclui que uma percentagem significativa das IPSS apresenta resultados negativos, apesar de 2021 ter sido um ano atípico.