Associação São Francisco de Assis de Anta projeta segundo lar de idosos para 120 utentes

A Associação São Francisco de Assis de Anta está a desenvolver um projeto para a criação de um segundo lar de idosos, com capacidade para 120 utentes em terrenos da instituição naquela freguesia do município de Espinho. O objetivo é responder às necessidades crescentes da população idosa da região. Pedro Pereira, dirigente da Associação, dá conta dos avanços e desafios enfrentados neste projeto estimado em vários milhões de euros.
A Estrutura Residencial para Pessoas Idosas que a mutualidade de Anta construiu e administra acolhe 80 utentes e opera sem qualquer acordo de cooperação com a Segurança Social. Com a sua capacidade esgotada desde a abertura, a Associação tem o objetivo de construir um segundo Lar, desta vez com um acordo de cooperação com a Segurança Social, permitindo oferecer um suporte mais abrangente e eficaz aos idosos e às famílias carenciadas da região.
Em planeamento há seis anos, o novo lar fará a ligação entre os edifícios da creche e da sede da Associação. Apesar de várias adversidades administrativas que atrasaram a aprovação inicial, a associação mantém-se empenhada em concretizar este objetivo. "Submetemos o projeto, mas houve algumas contingências no Município e pressupomos que tenha sido por causa disso que o projeto foi sendo adiado", explica Pedro Pereira.
Recentemente, após a reprovação inicial, a associação reformulou o projeto para cumprir com as exigências técnicas da autarquia. "Fizemos uma pré-reunião com os técnicos da Câmara Municipal para perceber se ia ao encontro das expectativas do município, para conseguirmos cumprir com todos os requisitos e avançar ", acrescenta.
A necessidade de um novo lar de idosos em Espinho é evidente, uma vez que a taxa de cobertura de lares de idosos no distrito de Aveiro é de aproximadamente 12%. "Em termos de respostas para idosos, temos a parte privada, mas pretendemos fazer um lar que seja sustentável para pessoas mais carenciadas e um público com mais dificuldades, e Espinho precisa disso", afirmou.
Em paralelo, a associação está atualmente a procurar apoios financeiros ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência ou do Portugal 2030 para viabilizar a construção. No entanto, se esses apoios não se concretizarem, a associação está preparada para utilizar recursos próprios. "Se não conseguirmos o apoio estatal, a instituição terá que recorrer a recursos próprios, como já fizemos no passado," afirmou Pedro Pereira.
A associação já demonstrou capacidade de gestão financeira em projetos anteriores, tendo recentemente liquidado um empréstimo bancário contraído há sete anos para a construção das infraestruturas existentes.